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CRESCIMENTO DO MERCADO DE LUXO NO BRASIL CONTRASTA COM DESACELERAÇÃO GLOBAL
Em contraste com o crescimento no Brasil, o mercado global de luxo enfrenta um momento desafiador. Nos últimos seis meses, marcas como LVMH, Kering e Prada viram suas ações sofrerem quedas expressivas. A LVMH, que controla nomes como Louis Vuitton e Fendi, teve uma queda de 20% em suas ações, enquanto a Kering – dona de marcas como Gucci e Balenciaga – viu suas ações desvalorizarem em 30%. A Prada teve um declínio mais moderado, de 6%.
No entanto, o Brasil desponta como um mercado promissor para o setor. Com um crescimento médio de 18% ao ano, muito acima da média global de 10%, o mercado de luxo brasileiro movimentou R$ 74 bilhões em 2022, com uma expectativa de atingir R$ 130 bilhões até 2030, segundo dados da Brain & Company. Esse avanço é impulsionado por um crescente apetite por produtos exclusivos e de alta qualidade, especialmente em moda e acessórios pessoais, que representam a porta de entrada para novos consumidores de luxo no país.
Muitos consumidores brasileiros veem seu influenciador favorito usando um acessório de luxo, o que os incentiva a explorar esse universo.
A cultura do brechó e revenda de luxo vem ganhando força no país, com um aumento significativo no número de estabelecimentos nos últimos anos. Entre 2010 e 2015, o número de brechós cresceu 210%, segundo dados do Sebrae. Esse mercado de resale de luxo é impulsionado por fatores como sustentabilidade, exclusividade e preços mais acessíveis.
A desaceleração econômica na China, que responde por cerca de 25% do consumo global de luxo, tem impactado fortemente essas marcas. No primeiro semestre de 2024, as vendas da LVMH na Ásia caíram 14%, refletindo essa realidade.
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