O FUTURO DAS BEBIDAS PÓS 2025

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O FUTURO DAS BEBIDAS PÓS 2025

A indústria de bebidas passou por uma verdadeira revolução na última década, deixando de ser um espaço dominado por gigantes tradicionais como Coca-Cola e Pepsi para se tornar um setor onde novos entrantes estão redesenhando o que os consumidores esperam em termos de sabor e refrescância.

Marcas como Liquid Death, Olipop e Poppi trouxeram cor às prateleiras e provaram que os consumidores estão dispostos a experimentar algo diferente das variações tradicionais do refrigerante, criando marcas bilionárias nesse processo. O resultado é um corredor de bebidas quase irreconhecível em comparação com uma década atrás.

Marcas consolidadas agora disputam espaço nas gôndolas com bebidas funcionais, alternativas ao álcool e formulações voltadas ao bem-estar — categorias que não existiam há poucos anos e outras para as quais sequer temos um nome atualmente.

Isso mudou. E mudou muito. Sejam cervejas artesanais sem álcool ou águas gaseificadas com lúpulo, a categoria não apenas chegou como também prospera de forma que muitos não teriam previsto há uma década — época em que ainda debatíamos se as cervejas light iriam ou não vingar.

Tendências das gerações A e Z, como o movimento “sober curious” (curioso pela sobriedade), estão transformando o antigo “Janeiro seco” dos mais velhos em um estilo de vida — com alguns defendendo que estamos próximos de um ponto de virada que levará as bebidas alcoólicas ao mesmo destino do tabaco.

Embora os consumidores mais jovens estejam bebendo menos álcool, ainda valorizam as experiências sociais que as bebidas tradicionais proporcionam. O ritual de segurar um copo, os sabores complexos e a sensação de ocasião continuam essenciais — mesmo sem o álcool.

Ao mesmo tempo, tendências de bem-estar continuam impulsionando os consumidores em direção a produtos com benefícios funcionais, como adaptógenos, eletrólitos, botânicos e nootrópicos voltados à cognição, saúde intestinal e outros objetivos.

A demanda não é apenas por substitutos aos refrigerantes tradicionais, mas por algo completamente diferente — algo melhor. Os consumidores estão buscando bebidas que promovam foco, relaxamento e bem-estar geral, sem abrir mão do clima e da sofisticação típicos das bebidas alcoólicas.

Especialistas estimam que o mercado de vinhos teve queda de até 5% em volume em 2024, após um recuo de 3% em 2023. Há expectativa de estabilização, mas a pressão para que o setor se adapte e inove nunca foi tão intensa.

E há ainda pressões externas. Novas tarifas sobre vinhos europeus, implementadas durante o governo Trump, trouxeram incertezas para importadores. Além disso, a ascensão da cannabis e de medicamentos para perda de peso com GLP-1 estão alterando os hábitos de consumo, com parte do público reduzindo a ingestão de álcool.

Apesar (ou por causa) desses desafios, a inovação no setor do vinho está viva. Mais vinícolas estão testando viticultura sustentável, blends com menor teor alcoólico e formatos alternativos de embalagem, buscando atrair o consumidor moderno. O setor não está desaparecendo, ele está evoluindo em tempo real.

 

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