O RENASCIMENTO DO CENTRO DE DETROIT

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O RENASCIMENTO DO CENTRO DE DETROIT

Para o bilionário Dan Gilbert, fundador da Rocket, uma aposta de US$ 6 bilhões no ressurgimento de Detroit, uma das mais tradicionais cidades americanas, começa a dar frutos.

A General Motors (GM) concordou em meados de abril em mudar sua sede de torres isoladas no rio Detroit para o Hudson’s Detroit, um complexo de vidro e ouro que o investidor e empresário construiu no coração da cidade.

Menos de duas semanas depois, mais de 800.000 pessoas lotaram as ruas para o Draft da NFL, que Gilbert ajudou a levar para a cidade graças ao seu relacionamento com o principal executivo da liga profissional de futebol americano - é o evento anual de recrutamento de novos atletas.

Enquanto os centros de cidades como Los Angeles e Chicago lutam contra escritórios vazios e uma recuperação lenta da pandemia, a Motown atravessa uma fase de renascimento, graças em grande parte ao envolvimento de um pequeno grupo de bilionários.

Gilbert, a família Ford, da Ford Motor, e a família Ilitch, que construiu uma fortuna por meio da rede de pizzarias Little Caesars, investiram bilhões em Detroit – tanto que eles ou suas empresas acumularam cerca de 70% do espaço de escritórios no centro da cidade, de acordo com dados da Colliers e documentos das empresas.

Eles têm ocupado imóveis com seus trabalhadores e atraíram empregadores como Amazon e Microsoft, que se mudaram dos subúrbios para o centro da cidade.

No início de junho, a Ford abriu a Michigan Central Station, complexo em que a montadora e a Alphabet, holding dona do Google, terão escritórios em uma estação de trem reformada que, por décadas, foi um edifício com arame farpado, grafite e janelas quebradas.

A melhoria da fortuna da cidade atraiu mais um bilionário: o magnata imobiliário Stephen Ross, um nativo de Detroit mais conhecido por seus empreendimentos em Nova York - como o Hudson Yards - e, mais recentemente, no sul da Flórida.

Ele e os Ilitches elaboraram planos para um projeto de incorporação de US$ 1,5 bilhão que começa com um campus de pós-graduação e tecnologia da Universidade de Michigan, juntamente com mais escritórios, hotéis e prédios residenciais.

Gilbert disse que o Hudson’s Detroit vendeu a maioria dos seus novos condomínios de US$ 1 milhão.

Os antigos moradores de Detroit ainda podem encontrar uma franquia da Coney Island vendendo o prato culinário básico da cidade, um cachorro-quente coberto com chili, cebolas e mostarda, mas hoje em dia há listas de espera para restaurantes que vendem bifes envelhecidos a US$ 70 por porção e cordeiro provençal assado por quase US$ 50.

O aluguel médio de apartamentos na área metropolitana subiu quase 5% em abril, para US$ 1.400 por mês, cinco vezes o aumento nacional.

 

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