CANNABIS PROMETE LUCRO DE R$ 23 MIL POR HECTARE, 11 VEZES MAIS QUE A SOJA

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CANNABIS PROMETE LUCRO DE R$ 23 MIL POR HECTARE, 11 VEZES MAIS QUE A SOJA

O agronegócio brasileiro está diante de uma das maiores oportunidades de diversificação e rentabilidade de sua história: o cultivo de Cannabis sativa, o nome científico para o cânhamo ou maconha, segundo estudo inédito da consultoria Kaya Mind.

No cultivo focado em flores para extração do canabidiol (CBD), o retorno líquido pode atingir R$ 23.306,80 por hectare, um patamar que supera o da soja (R$ 2.053,34 por hectare) e do milho (R$ 3.398,34 por hectare) somados”, diz a economista com expertise em gestão de risco, Larissa Uchida, CEO da ExpoCannabis Brasil, maior evento da América Latina sobre esse mercado.

Claro, que pela importância global da soja, a demanda do mercado e o manejo cultural instalado para a oleaginosa, a comparação apenas serve de parâmetro para mostrar o potencial da cannabis e como ela pode representar um nicho importante para o produtor. Na safra 2024/25 foram colhidas 171,5 milhões de toneladas de soja, segundo a Conab.

Para a cannabis não existe área de plantio legalizada em larga escala no Brasil para fins comerciais ou industriais. Seu cultivo é permitido sob decisões judiciais específicas (habeas corpus) para pacientes ou associações de pacientes para uso medicinal, ou para fins de pesquisa científica e desenvolvimento de medicamentos, e deve ter a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O alvo primário desse cultivo é o CBD, que não tem efeito psicoativo, é um dos compostos que podem ser extraídos da planta. Ele tem usos farmacêuticos para controlar a dor, o humor e a função mental. Também há o tetraidrocanabinol (THC), este com intoxicantes (substância psicoativa), mas que também pode trazer benefícios para a saúde.

Mas os usos da cannabis podem ir muito além. A planta pode abranger mais de 25 mil subprodutos. Na construção civil, por exemplo, pode servir para a fabricação de bioconcreto e biotijolos. Nos setores têxtil e de bioenergia, ela pode ser fonte de fibras para a confecção de tecidos e base para a produção de biocombustível.

Na alimentação, a semente da cannabis é um superalimento para produção de azeite e até alimentos proteicos.

 

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