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A POSSÍVEL DIVISÃO DO GOOGLE
Nessa quinta-feira, 21, o Governo dos Estados Unidos pediu a um juiz que ordene a separação do Google, por meio da venda de seu navegador Chrome. O Departamento de Justiça dos EUA acusa o Google de monopólio no mercado de buscas.
Segundo argumento do Departamento de Justiça, a big tech pagou ilegalmente US$ 26,3 bilhões à fabricantes de smartphones, como Apple e Samsung, para ser o buscador das consultas feitas pelos usuários donos desses smartphones das marcas, criando barreiras para a entrada de concorrentes. O advogado da Alphabet, John Schmidtlein, argumentou que a relevância do Google no market-share é resultado da preferência dos usuários.
A big tech passa por outro julgamento no Tribunal Federal do Distrito Leste da Virgínia nos Estados Unidos que investiga um possível monopólio sobre a publicidade digital por práticas como compra de concorrentes, e a ampla presença no mercado de gestão de anúncios através da plataforma Google Ad Manager.
O caso do Google pode impactar um mercado que mobiliza US$ 237 bilhões de dólares anualmente. O valor é referente a receita de anúncios do Google em 2023.
Em agosto, o Chrome concentrava 65% de market share global. O número é mais que o triplo do que o percentual do Safari, que é de 18%. O Microsoft Edge tem 5% do mercado, segundo dados da Statista. No Brasil, os valores do Chrome são ainda mais relevantes. O buscador concentra 77% do mercado de buscas, conforme dados do mês de setembro do Statcounter.
De acordo com o professor da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Coutinho, a integração entre as operações do Google reduziu a fricção entre diferentes processos e insumos necessários para fazer anúncios no meio digital. Isso atraiu investimentos publicitários de grandes anunciantes, mas de pequenos também, principalmente aqueles que viam a dinâmica da publicidade online de difícil acesso por conta dos custos envolvidos na aquisição, criação e a administração dos anúncios.
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