POR QUE A LVMH APOSTA DE US$ 1,5 BILHÃO NA FÓRMULA 1

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POR QUE A LVMH APOSTA DE US$ 1,5 BILHÃO NA FÓRMULA 1

Talvez a Globo tenha sido escolhida por isso. Arnault coordenou a compra da TAG Heuer para suceder a Rolex como cronometrista oficial do GP de Mônaco. Incorporou as malas sob medida da Louis Vuitton como estojos para os troféus da F1. E garantiu a presença da Moët & Chandon nas corridas renomeadas: Fórmula 1 TAG Heuer Monaco GRAND PRIX, Fórmula 1 Louis Vuitton Australian GRAND PRIX 2025 e Fórmula 1 Moët & Chandon Belgian GRAND PRIX 2025.

Essas marcas da LVMH estarão em evidência em 24 etapas globais por nove meses — eventos que atraíram 1,5 bilhão de espectadores no ano passado, com média de 70 milhões por corrida — atingindo um público diversificado, provavelmente jovem, que talvez jamais tenha ido a uma loja Louis Vuitton ou considerado comprar um relógio TAG Heuer. Como essa audiência é mais jovem e diversa do que o consumidor tradicional de luxo, Arnault busca cultivar uma clientela para o futuro — algo que muitas marcas de luxo negligenciam, focando apenas em quem já pode comprar hoje.

Agora que a F1 vai acontecer em Miami pelos próximos 15 anos, a Forbes esteve no circuito para entender melhor os crescentes vínculos entre esse esporte e o luxo. Encontramos parcerias estratégicas que equilibram rica tradição automobilística, estilo de vida emblemático e uma base de fãs cada vez mais tecnológica e feminina.

Pontos-chave da Fórmula 1

A F1 é a plataforma de captação de clientes mais sofisticada do luxo

Enquanto outros esportes oferecem visibilidade, a F1 alcança 800 milhões de consumidores apaixonados que abraçam os valores do luxo. O investimento da LVMH os conecta a públicos onde essas normas são naturais e inspiradoras, pavimentando o caminho para futuras compras LVMH.

A tecnologia sai de instrumento de eficiência e vira geradora de vínculos emocionais

O conhecimento tecnológico de Englebienne — especialmente sobre smartphones — explica por que parcerias como a da Globant priorizam intimidade emocional, não apenas dados. O app para fãs ajudará o marketing a evoluir de reativo para proativo, mantendo a criação de experiências que encantem.

A expansão cultural é o novo diferencial do marketing esportivo

A afirmação de Bloom de que a F1 “faz parte do cotidiano” por meio de experiências de lifestyle cria novo paradigma que impulsiona investimentos de luxo no esporte. O automobilismo se torna catalisador cultural para marcas transferirem a intensidade das corridas para o entretenimento.

O público feminino redefine prioridades do marketing

Da arte de Zimmermann à parceria TAG Heuer–F1 ACADEMY, o crescimento feminino no esporte inspira novas formas de engajamento com fãs antes negligenciadas nas indústrias dominadas por homens. O reconhecimento de Susie Wolff sobre “oportunidade única de mudar nosso setor” deve chamar atenção de marcas focadas no público masculino.

A F1 é um celeiro de sinergias para o luxo

Quando marcas premium se conectam com fãs de F1, alcançam consumidores que valorizam precisão e excelência. Existe afinidade que o marketing tradicional não gera e que publicidade paga raramente alcança. Estar ao lado da pista promove emoção única — e quem compartilha essa experiência leva essa emoção consigo.

A missão de Donna Birkett Baida — “fazer as pessoas se apaixonar pelo esporte e pela marca” — representa mudança radical: de exclusividade pragmática para inclusividade fervorosa. O crescimento da TAG Heuer — aumento no movimento das lojas e avanço no ranking suíço em 2024 — mostra que, mesmo em crise na indústria relojoeira suíça, a emoção é valor mais resistente no setor de luxo.

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