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MAIORIA DOS PROFISSIONAIS NO BRASIL USA REMÉDIOS PARA LIDAR COM PROBLEMAS DE SAÚDE MENTAL. ATÉ O CHAT GPT RECEITA
Em 2025, 52% dos líderes e 59% dos liderados recorrem a psicofármacos para lidar com estresse, ansiedade e burnout causados por sobrecarga de trabalho, pressão por resultados e conflitos interpessoais.
Entre líderes, o salto foi de 18% em 2024 para 52% em 2025; entre liderados, de 21% para 59%. “Essa escalada indica que o sofrimento emocional não se restringe a um nível ou perfil específico, tornando-se uma questão generalizada no ambiente corporativo”, afirma Maria Sartori, diretora de mercado da Robert Half.
A pesquisa mostra que diagnósticos de estresse, ansiedade e burnout atingiram 27% dos líderes e 26% dos liderados no último ano. “Os líderes usam esses remédios como uma bengala. É uma forma de disfarçar e lidar com a sobrecarga sem pedir ajuda”, explica Guerra.
“O problema não é o remédio em si, mas medicalizar tudo em vez de investir em terapia, atividade física ou mudanças na cultura da empresa.”
Arthur Guerra também tem observado um crescimento da automedicação. “Tenho pacientes que trabalham como líderes que chegam ao meu consultório já tomando os remédios”, diz. “A pessoa vai no Google ou no ChatGPT, fala o quadro, recebe um diagnóstico e se automedica. Mas isso não dá certo.”
O impacto já é visível em nível nacional. Segundo uma pesquisa da VR, empresa de cartões e benefícios corporativos, com quase 30 mil empresas e mais de 1,2 milhão de profissionais, houve um aumento de 143% na média mensal de afastamentos por questões de saúde mental entre janeiro e julho de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024.
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